Reforma tributária, manutenção do teto de gastos e investimentos em educação básica são alguns dos temas discutidos pelos pré-candidatos à presidência da República. Com o início da campanha eleitoral previsto para a próxima semana, muitos deles já participam de eventos nos quais compartilham suas visões e projetos de governo. Temas como o uso da tecnologia nos serviços públicos, por exemplo, já fizeram parte dos debates com os pré-candidatos nesta semana. Geraldo Alckmin, Álvaro Dias, Ciro Gomes e Henrique Meirelles, convidados para uma palestra com investidores promovida pelo BTG Pactual na última quarta-feira (08/08), compartilharam suas impressões e propostas a respeito da economia e da educação no país:
Geraldo Alckmin (PSDB)
O ex-governador de São Paulo defende “uma grande agenda de competitividade” para o país. Ele afirma que o Brasil ficou caro e enxerga como essencial um trabalho de desburocratização para “destravar a economia”. Abertura comercial e inserção internacional maior também são medidas defendidas pelo candidato do PSDB. “Nenhum país passou de renda média para renda mais alta sem ter um grande esforço de comércio exterior”, diz. Alckmin também defende investimentos fortes na educação básica.
Álvaro Dias (Podemos)
O candidato do Podemos afirmou que, se eleito, irá adotar um “corte linear” de 10% em todas as despesas do governo nos dois primeiros anos de mandato. Com o “limitador emergencial de despesas”, que funcionaria como um “tratamento de choque”, o país eliminaria o déficit primário no primeiro ano de um eventual governo de Dias.
Ciro Gomes (PDT)
O candidato defende que um dos caminhos para “ativar os motores do desenvolvimento” é incentivar o consumo das famílias, livrando as “63 milhões de pessoas que estão fora do mercado de consumo por conta do colapso do crédito”. O candidato do PDT também defende um plano de “concretamente superar o déficit primário brasileiro em 24 meses”. “A situação é salvável, o Brasil tem margem para resolver o problema, só não será trivial”, afirma.
Henrique Meirelles (MDB)
No debate, o ex-ministro da Fazenda apontou a falta de previsibilidade como um dos problemas principais do país em relação à economia. “É preciso um pacto de confiança entre os brasileiros. Não apenas em relação à política econômica, mas em todos os setores”, diz. O candidato destacou a importância do teto de gastos como uma medida que “quebra o risco”. Investimentos em educação para recuperar o desempenho dos estudantes, que vem caindo nos últimos anos, também foram defendidos por Meirelles.
Fonte: Época Negócios