A história da Fundacred foi escrita por muitas mãos: Daniel Juckowsky, Artur Mickelberg, Irmão José Otão, Rolf Zelmanowicz, entre tantos outros. Uma ideia brilhante foi a inspiração: a Associação dos Profissionais Liberais Universitários do Brasil – APLUB, entidade de previdência complementar privada, criava um programa de crédito educativo para alunos de ensino superior, de modo a estimular, no prazo médio e longo, o ingresso dos futuros profissionais nos planos de proteção previdenciária da entidade.
Ao mesmo tempo, a APLUB passava a exibir uma face que se constituiria em marca indelével, ao longo de quase cinquenta anos: a responsabilidade comunitária e social.
A APLUB teve uma participação substantiva na instituição da FUNDAPLUB – Fundação APLUB de Crédito Educativo, como se chamou até o ano de 2013.
Instituiu a entidade fundacional, fez os aportes iniciais, emprestou-lhe o nome, mas foi fundamental sobretudo na condição de grande formuladora da iniciativa e da utilização dos seus quadros diretivos e funcionais.
É de grande relevância esse fato: o mérito não foi o valor financeiro necessário à instituição da entidade fundacional, mas a criação do conceito, da ideia, da inovação, que adiante iria se revelar em extraordinária e bem-sucedida experiência.
Na trajetória de êxito, o nome de Daniel Juckowsky se revelou como o mais emblemático, quanto mais não fosse pela sua extensa, duradoura e profícua duração como dirigente, desde os primórdios, quando o programa de crédito educativo era apenas um departamento da APLUB, na sua transformação em fundação, e até poucos anos atrás, quando ele teve, por motivos de idade e saúde, que se afastar da direção da entidade.
A história da FUNDAPLUB, agora Fundacred, esteve e ainda está ligada, de forma indissolúvel, à figura do criador, dirigente, patrono e inspirador, Doutor Daniel Juckowsky.
Não há FUNDAPLUB, Fundacred, sem Daniel Juckowsky.
Doutor Daniel acumulava muitos méritos. Era capaz e competente, compenetrado dos seus deveres e responsabilidades, conhecia como ninguém o “metier”, era um gestor de primeira linha, honesto, íntegro, parcimonioso.
Ele cuidava de cada centavo da Fundação como se fosse dele – se não mais. Como ninguém, sabia que era difícil alcançar certos patamares de ativos e receitas, mas era fácil dispersá-los com custos mal calculados e mal cuidados. O seu exemplo de cuidado extremo com os valores da moderação ainda se constituem em parâmetro de gestão, seguidos até os dias de hoje.
Doutor Daniel era um modelo de cidadão. Esteve sempre mais voltado para o princípio da responsabilidade e sempre se conduziu além do dever. Ele não levantava a voz para impor decisões: se impunha pelo exemplo concreto de vida, que tem efeito muito maior do que simples palavras.
Agora, Doutor Daniel partiu. A sua morte é contingência inescapável, mas mesmo assim lamentamos profundamente. Partiu, depois de uma travessia luminosa, o homem bom, virtuoso, cidadão e líder, exemplo a ser lembrado e seguido.
Nós, da Fundação, que deve tanto a ele, queremos expressar a gratidão, o apreço pessoal e o respeito junto aos seus familiares e entes queridos, junto à comunidade e junto a todos que, quanto nós, o admiravam e o tinham como padrão de conduta e de vida.
Nelson Wedekin – Presidente da Fundacred