No cálculo dos R$ 267 milhões, não estão contabilizados os serviços e ações sociais que a companhia já promovia antes da pandemia do novo coronavírus. Neste ano, com a covid-19, a empresa ampliou a oferta de serviços do seu braço de responsabilidade social e também abriu o conteúdo de vários negócios do grupo.
A Cogna possui uma série de negócios nos ensinos básico e superior, cursos profissionalizantes e de idiomas. Entre eles estão, as marcas Anglo e pH que têm colégios, curso preparatório e sistemas de ensino, as editoras de livros didáticos Ática, Scipione e Saraiva e a escola de inglês Red Balloon. No ensino superior, é dona da Kroton, com 820 mil alunos matriculados em instituições como Anhanguera, Pitágoras e Unic. Em 2019, a Cogna teve receita líquida de R$ 7 bilhões.
A maior demanda até o momento foi registrada no Stoodi, plataforma de conteúdo e aulas on-line focada no Enem, que já teve 430 mil acessos desde que passou a ser ofertada gratuitamente. Até então, pagava-se uma mensalidade de R$ 89 para ter acesso ao cursinho Stoodi.
A Stoodi é uma das empresas que forneceram seu conteúdo gratuitamente para a secretária estadual de educação de São Paulo. Ao todo 3,5 milhões de alunos das escolas públicas poderão ter aulas a distância que são transmitidas em emissoras de TV e por meio de aplicativos. A Fundação Lemann está trabalhando em parceria com o Ministério da Educação (MEC), secretarias estaduais de educação e empresas de conteúdo no desenvolvimento de várias ferramentas de aprendizado on-line e em acordos com emissoras de TV para que os conteúdos didáticos sejam ministrados a distância para os 40 milhões de alunos das escolas públicas do país.
Segundo Camilla, a Cogna pretende participar de outras iniciativas semelhantes na área de educação pública.
Outra frente de ação da Cogna é voltada aos pequenos comerciantes que perderam suas receitas com a quarentena. A empresa está ofertando, sem custos, cursos de administração financeira, de como vender no período de isolamento, empreendedorismo, desenvolvimento de carreira e planejamento de comunicação. Já foram feitas 12,5 mil inscrições para esses cursos.
“O cenário de pandemia pegou todas as organizações de surpresa e foi necessário se reinventar, se adaptando para seguir com seus negócios. Os pequenos e micro negócios, que somam mais de 52 milhões de empreendedores em todo o Brasil, são os mais impactados”, disse Camilla. “Como principal player de educação, estamos disponibilizando cursos gratuitos para esses profissionais, para que possam se preparar e entender as oportunidades nesse cenário”, complementou a diretora da companhia que tem operações no país todo.
Segundo a diretora de impacto social, há ainda outras iniciativas nas escolas do grupo para distribuição de itens como máscaras e álcool gel nas comunidades carentes que ainda não foram contabilizadas.
Fonte: Valor Econômico