Com as transformações provocadas pela pandemia, algumas inovações no setor educacional permanecerão, para facilitar a rotina de aprendizagem. Em 2022, o setor estará bastante aquecido e próspero para investimentos, assim como em 2021. De acordo com a plataforma de inovação Distrito, edtechs receberam cerca de US$ 22,5 milhões em investimentos em 2021, superando em 770% todo o valor arrecadado no ano anterior.
“O EAD, que ainda sofria alguma desconfiança, se tornou o principal modelo de ensino do mundo nos últimos dois anos. Ficamos entusiasmados em ver todo o mercado adotando o modelo, porque sabemos que no digital é possível oferecer uma experiência de aprendizado mais específica, personalizada e consequentemente mais efetiva”, diz Caio Moretti, CEO do Qconcursos.
Com novos recursos, edtechs crescendo e surgindo no mercado com ideias para democratizar e melhorar a educação no Brasil, Caio separou para a Bússola algumas tendências do setor previstas para esse ano.
O uso da técnica de gamificação, que consiste em aplicar características presentes em games em situações fora do jogo, será utilizada para motivar o aprendizado de um jeito mais leve e inovador. De acordo com a oitava Pesquisa Game Brasil (PGB), 72% dos brasileiros afirmam consumir jogos eletrônicos, aproveitar essa ‘paixão’ é uma ótima forma de estimular estudantes de diversas idades.
O machine learning (ou aprendizado de máquina) identifica quais tarefas, conteúdos e matérias um aluno possui maiores dificuldades ou facilidades, auxiliando professores a concentrar-se em ajudar o aluno diretamente nos pontos mais difíceis para ele. Assim, as aulas ficam mais personalizadas e os alunos não precisam se dedicar onde não precisam.
Definido como um universo virtual onde será possível ter experiências sociais híbridas online com outras pessoas, mesmo sem estar presente, o Metaverso vai contribuir para a educação aproximando alunos e professores em qualquer lugar do mundo, e não somente através de uma tela, mas com avatares digitais. Além disso, será possível observar de perto conteúdos antes não disponíveis, por exemplo, ao estudar Geografia, o aluno conseguirá ver com óculos que oferecem experiência imersiva, solos e rochas quase que pessoalmente, será um experimento muito enriquecedor.
Assim como nas empresas, o modelo híbrido também será tendência nas instituições de ensino. A grade de aulas revezando o ensino a distância com o presencial será utilizada principalmente em faculdades, cursinhos e no ensino médio. De acordo com a pesquisa feita pelo Observatório da Educação Superior, 63% dos jovens desejam ingressar no ensino superior com ensino híbrido no primeiro semestre de 2022. As instituições que investirem neste modelo sairão na frente.
FONTE: Exame