Trabalhar, praticar atividade física, ter momentos de lazer, estudar… Hoje em dia ter uma rotina diária parece um desafio e que muitas vezes temos que estar bem psicologicamente para podermos desempenhar 100% das atividades. A Era da Informação transformou as pessoas, hoje conseguimos absorver cada vez mais conteúdo todos os dias. Essa parece ser uma realidade cada vez mais inevitável, visto a configuração do mundo contemporâneo e do cotidiano a que cada vez mais pessoas estão submetidas, repleto de pressão para aprender e conhecer mais, produzir e criar mais, consumir, consumir e consumir mais, em um ciclo interminável.
Neste contexto, criar equilíbrio entre construir mais conhecimento e manter a saúde mental pode ser um desafio. Sem dúvidas, é importante continuar aprendendo e conquistando novas habilidades ao longo da vida, visando ao aperfeiçoamento pessoal e profissional. O aprendizado muitas vezes está associado apenas à educação formal: graduação, pós-graduação, ou até mesmo cursos de extensão e cursos livres que gerem certificado. Entretanto, as novas teorias de aprendizado como o lifelong learning ajudam a ressignificar esse paradigma.
A organização Lifelong Learning Council Queensland (LLCQ), que apoia a promoção do conceito de lifelong learning em todo o mundo, indica que esse conceito se apoia em quatro pilares – Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Esses pilares também são as bases do que a UNESCO define como essencial para se pensar a educação nos dias atuais, que exige a mudança dos paradigmas que por tanto tempo sustentaram a educação formal e técnica como a única que desenvolve competências e habilidades necessárias.
Essa ideia vem sendo há muito tempo refutada pela própria dinâmica do mercado de trabalho, que mostra que pessoas flexíveis e dinâmicas, que têm habilidades pessoais e soft skills (https://www.fundacred.org.br/site/2022/04/14/o-que-sao-power-skills/) bem desenvolvidas, acabam por conquistar posições cada vez maiores em seus locais de trabalho. Assim, o aprendizado pode ser repensado como um processo natural e que desenvolve habilidades de todos os tipos, não apenas aquelas vendidas em cursos e livros.
Mais do que apenas seguir um conjunto de regras pré-determinadas que nos obrigam a continuar estudando e se atualizando, é possível ter o pensamento e ver a aprendizagem continuada como um ato de libertação, de ganho de autonomia e de realização pessoal – ou seja, como um fator que contribui para a saúde mental, e não o contrário. O portal Uol Edtech separou quatro dicas que podem ajudar a incorporar o aprendizado contínuo na rotina de forma saudável:
Essa não é uma tarefa fácil, mas pode se beneficiar muito de um acompanhamento psicológico profissional. Aprender a fazer essas escolhas pode ser a saída para dar o alívio mental e psicológico tão necessário, e abrir cada vez mais espaço no cérebro para o que realmente importa.
Criar o próprio método de estudo é muito importante para quem deseja equilibrar o aprendizado contínuo e a saúde mental. Para isso é necessário abordar e testar novos métodos como metodologias ativas e a busca pela informação, desprendendo de métodos antigos de educação que, em muitos casos, não funcionam. Também é de vital importância que os jovens aprendam o melhor caminho para buscar conhecimento. Assim, terão mais facilidade quando atingirem a maioridade.
FONTE: Assessoria Martha Becker