Nesta quarta-feira (10) é celebrado o Dia Mundial da Superdotação, mas o termo superdotado muitas vezes vem com estigmas que fogem da realidade que representa a palavra, com isso, especialistas aproveitam a data para desmistificar o termo e apresentar as principais características destas pessoas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial apresentam características superdotadas, e muitas vezes os sinais começam a ser notados nos primeiros anos da infância.
A neurodiversidade aponta que a superdotação é o conceito usado para classificar pessoas que apresentam um alto nível de inteligência em uma ou mais áreas de interesse.
A neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner destacou as três características fundamentais da superdotação.
Para explicar melhor essas características na prática, a neuropsicóloga destaca que a capacidade acima da média se apresenta na “velocidade de processar informação e encontrar solução”.
Já a criatividade, de acordo com a especialista, se destaca nos superdotados quando há “curiosidade de buscar informações diferentes propondo soluções originais e inusitadas”.
Por fim, o comprometimento com a tarefa se dá com o “engajamento e persistência para concluir o que começa”, diz Roselene.
Ainda conforme a especialista, que também é PhD em neurociência, crianças superdotadas apresentam também alguns traços marcantes e que podem ajudar na identificação:
“Crianças portadoras de superdotação e/ou altas habilidades, carregam o estigma de que nascem sabendo tudo, nunca erram, não precisam de estímulo, tempo, empenho. Isso não representa a realidade”, disse a especialista.
“Elas precisam sim de estímulo, investimento de tempo e deificação aos estudos. De acordo com a Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner (1994, 1999), a pessoa com altas habilidades (PAH) apresenta um desempenho excepcional em uma ou mais áreas do potencial humano como: inteligência espacial, corporal, musical, linguística, lógica, interpessoal, Intrapessoal e naturalista”, acrescentou.
Ao identificar essas características em uma criança, é recomendado buscar ajuda profissional adequada. A neuropsicóloga alerta que é por meio de testes psicológicos e neuropsicológicos fidedignos será possível ter a confirmação e, com isso, encontrar a melhor maneira de ajudar a criança com o melhor método de estudo e direcionamento multidisciplinar.
A superdotação é o potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas – isoladas ou combinadas – conforme enumera a especialista:
“Intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse, habilidades gerais ou específicas acima da média, elevados níveis de comprometimento com a tarefa e também de criatividade”, disse a especialista.
Fonte: CNN