Um estudo da Robert Walters Brasil, empresa especialista em recrutamento, trouxe um panorama do que é esperado para a área de tecnologia em 2023 em termos de contratação e média de salário.
Segundo o Canaltech, que teve acesso à pesquisa, os pontos-chave em 2022 para a escolha de um trabalho na área foram “autonomia, excelente compensação salarial com benefícios, horário de trabalho flexível, preferência a oportunidades de emprego 100% remotas e com uso aprimorado de tecnologia, aplicativos e demais ferramentas”.
O estudo aponta ainda que os destaques em 2023 serão os cargos nos setores de desenvolvimento, segurança da informação e cloud computing. Em questão de salário, o documento estima que a média salarial para a área de dados será de R$ 15 mil a R$ 20 mil; na área de desenvolvimento, esse valor varia entre R$ 18 mil e R$ 22 mil); em sistemas, de R$ 8 mil a R$ 10 mil e em gerenciamento pode chegar a R$ 40 mil. Esses valores podem variar de acordo com o nível de experiência do trabalhador.
Em junho, pesquisas internas das grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Google, Microsoft e Meta, mostraram que seus trabalhadores estão cada vez mais insatisfeitos com seus salários e com as lideranças das empresas.
Analistas do setor apontam que dado o contexto atual de queda nas ações relacionadas à tecnologia e a maior competitividade no mercado de trabalho, é improvável que esse sentimento melhorará. Apesar de nos últimos anos, com a pandemia, os trabalhadores de tecnologia terem visto uma grande valorização de seus trabalhos, o momento atual é de “precariedade econômica”, afirmou Dan Wang, professor na Faculdade de Administração de Columbia.
Na Amazon, uma pesquisa interna de 2021 revelou que 44,6% dos funcionários que buscavam um novo emprego citaram o salário base da empresa como motivo. Como resposta, a Amazon anunciou que iria aumentar o teto do pagamento base de US$ 160 mil para US$ 350 mil anuais. No entanto, muitos funcionários reclamaram afirmando que isto é mais um golpe de relações públicas do que um compromisso verdadeiro, visto que o aumento é válido apenas para o teto, e não vai impactar muitos funcionários.
Já no Google, cerca de 47% dos empregados veem suas remunerações como abaixo da média para o setor. No ano passado esse número era de 37%. Na Microsoft a situação é a mesma, com 34% dos funcionários acreditando não ter sido “um bom negócio” ir trabalhar na Microsoft.
Fonte: Yahoo Notícias