O ChatGPT é uma tecnologia de Inteligência Artificial (IA) da empresa OpenAI, treinada para a escrita de textos originais seguindo comandos específicos. Por exemplo, se você solicitar à máquina que ela fale sobre um tema X, ela entregará um texto único falando sobre ele – e, desta vez, nem vamos entrar no mérito da qualidade dessa produção.
Na sala de aula, a ferramenta já está sendo utilizada. Por isso, o professor de Liderança em Tecnologia Educacional da Universidade George Washington Ryan Watkins preparou algumas dicas para incorporar essa nova tecnologia ao ensino, que traduzimos nesta publicação. Confira!
Antes de começar qualquer mudança no programa, tenha claro o que os estudantes precisarão estar aptos para fazer ao terminar as aulas e porque você quer que eles tenham essa capacidade. Isso guiará a escolha de quais conhecimentos e habilidades os alunos ganharão com a aula e como você pode proporcionar esse aprendizado.
Esse é o momento de expandir seu repertório de estratégias pedagógicas. O professor da Universidade da Flórida Central Atsusi Hirumi oferece um guia de estratégias baseadas em pesquisas para qualquer sala de aula. Elas não são, é claro, menus “a la carte”. É importante seguir todos os passos estratégicos para obter os benefícios baseados em evidências.
Como foi pontuado pelo economista Tyler Cowen, haverá pessoas que ganharão e outras que serão prejudicadas com a criação do ChatGPT. Isso vale tanto para professores quanto para os alunos e a própria universidade. Esteja preparado para discutir as implicações éticas dessa ferramenta com seus estudantes, juntamente com o valor do que você está ensinando e porque aprender isso é importante para os seus futuros.
Conforme discutido em um webinar do criador do Observatório Futuro do Ensino Superior, Bryan Alexander, o ChatGPT pode ser um atalho para aqueles que não dispõem de muito tempo livre. Examine o cronograma da disciplina para entender se você não está sobrecarregando os alunos e fazendo com que eles escolham caminhos mais curtos para as suas atividades.
Seja cuidadoso para não humanizar a tecnologia. O ChatGPT é um modelo de linguagem e se nós o antropomorfizarmos será muito mais difícil entender sua promessa e seus perigos. O pesquisador em inteligência artificial Murray Shanahan sugere que sejam evitadas falas como “o ChatGPT sabe…”, ou “o ChatGPT pensa…”. No lugar disso, é preferível usar frases como “de acordo com o ChatGPT…” ou “a solução do ChatGPT é…”.
Fonte: Desafios da Educação