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Educação | 06 de fevereiro de 2023
O desenvolvimento de transtornos mentais em universitários
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O desenvolvimento de transtornos mentais em universitários

A dissertação analisou a saúde mental dos estudantes da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e investigou qual a incidência e os fatores associados aos TMC (Transtornos Mentais Comuns) entre os alunos. A pesquisa disponibilizou questionários online que obtiveram 509 respostas.

O estudo quantitativo concluiu que entre os questionários analisados há uma suspeição de TMC de 78,6%, o percentual é mais agravantes entre os alunos que fazem parte de minorias políticas. A análise também enfatizou a necessidade de políticas preventivas para evitar o adoecimento mental dos estudantes.

Qual pergunta a pesquisa responde?

Quais são os fatores associados aos Transtornos Mentais Comuns em estudantes universitários de graduação em uma instituição federal de ensino superior da Bahia no ano de 2021?

Por que isso é relevante?

A atenção de pesquisadores e da sociedade com as questões relativas ao bem-estar emocional e à saúde mental de estudantes universitários, na qual destaca-se o fenômeno dos Transtornos Mentais Comuns (TMCs), tem sido uma constante desde o início do século 20. Os Transtornos Mentais Comuns nesta população caracterizam-se por ser um fenômeno complexo, que cresce de forma vertiginosa, e que leva ao surgimento de disfunções mais graves nos discentes. Por conseguinte, revela-se também um aumento na preocupação em encontrar e desenvolver uma tecnologia social para lidar com tal problemática e de acolher as inquietações relacionadas, especificamente, com o ingresso no Ensino Superior e aos eventos de individualização e naturalização do sofrimento psíquico na vida acadêmica como algo que faz parte do “ser universitário”.

Em síntese, o trabalho propõe-se ainda em contribuir para apontar direções para possíveis intervenções de acolhimento e escuta terapêutica com o intuito de auxiliar no enfrentamento dos Transtornos Mentais Comuns no alunado, a promover diálogos cada vez mais construtivos e saudáveis sobre saúde mental nas universidades, e prover ferramentas que impactem positivamente a qualidade da assistência disponibilizada aos estudantes, assegurando uma vida saudável conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para a Saúde e Bem-estar no Brasil.

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Resumo da pesquisa

O estudo estimou a prevalência de suspeição dos TCMs (Transtornos Mentais Comuns) entre os estudantes universitários de graduação nos campi da Universidade Federal da Bahia, localizados na cidade de Salvador, capital do estado, e investigou os principais fatores associados aos TMCs durante a vivência acadêmica. Logo, a dinâmica do processo de investigação consistiu em uma pesquisa de cunho quantitativo realizada com a aplicação de questionários através do ambiente virtual disponibilizado pela instituição de ensino superior acima mencionada.

Participaram deste estudo 509 estudantes da graduação, nos quais constatou-se uma prevalência para a suspeição de Transtornos Mentais Comuns de 78,6% da amostra, observada com maior percentual (83,9%) em estudantes do gênero feminino. Os resultados evidenciam, ainda, que existem diferenças significativas indicando que grande parte da ocorrência deste fenômeno na população de universitários está correlacionada com aspectos amplos do ambiente universitário e dos determinantes sociais da saúde tais como: exposições e situações vivenciadas pelo indivíduo, desigualdade de gênero, questões étnico-raciais e microagressões.

No entanto, observou-se também que a promoção de saúde mental passa pela implantação e efetivação de uma rede de atenção à saúde mental no ambiente universitário que reflita a necessidade da Academia cumprir com o seu papel de efetivação das políticas, do planejamento, da gestão em saúde e dos projetos pedagógicos para esse público a partir de uma perspectiva de pluriversalidade e ótica interseccional (que articulem setores como saúde, assistência estudantil, educação, entre outros) fundamentais para a abordagem de um fenômeno complexo como os TMCs na população universitária.

Quais foram as conclusões?

O estudo concluiu que é de fundamental importância monitorar as condicionalidades socioeconômicas, demográficas e das condições de ensino-aprendizagem ligadas ao desenvolvimento dos TCMs.

Além disso, os resultados do estudo indicaram que parte das variáveis relacionadas aos Transtornos Mentais Comuns são passíveis de ações coletivas e estratégias preventivas ampliadas com foco na compreensão das dinâmicas subjetivas de que tal fenômeno é constituído de elementos de ordem plural e determinações distintas, na compreensão dos sujeitos em suas totalidades, em seus contextos político-sociais, e que tais fatores contribuem para agravar os TMCs nos indivíduos envolvidos.

Outras iniciativas, e ações institucionais, provêm da abertura ao diálogo e de mudanças estruturais na criação de políticas de equidade de gênero e questões étnico-raciais no ambiente acadêmico, na flexibilização do cronograma avaliativo e dos prazos das atividades, no acesso à informação e ampliação dos serviços disponibilizados de assistência estudantil e espaços construídos destinados ao acolhimento, enriquecimento da interação e da sociabilidade entre os estudantes universitários com fins de desmistificar o tema da saúde mental.

Observou-se que faz-se necessário modificar a lógica dos atendimentos e serviços dispostos aos estudantes universitários. Hoje elas se concentram em uma abordagem individual devido à limitação quantitativa de equipes técnicas e de precarização no orçamento das instituições de ensino superior brasileiras. Isso dificulta a construção de estratégias, intervenções coletivas, ações de capacitação continuada e criação de protocolos com o corpo de colaboradores da Universidade para um atendimento eficiente, qualificado, interdisciplinar e universal da Rede de Atenção Psicossocial com práticas fundamentais para gerar cuidados satisfatórios.

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Quem deveria conhecer seus resultados?

Pesquisadores, instâncias oficiais estudantis, comunidade universitária e estudantes nos temas da saúde mental, atenção psicossocial, ensino superior, saúde coletiva, epidemiologia, sociologia das desigualdades e educação. Órgãos governamentais e formuladores de políticas públicas ligadas à temática da Rede de Universidades Promotoras de Saúde e do Plano de Assistência Estudantil, bem como o público mais amplo interessado pelo tema.

Fonte: Nexo

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